Brasileiros Desconfiam do Judiciário: Entenda as Razões por Trás da Crise de Credibilidade

Brasileiros Desconfiam do Judiciário: Entenda as Razões por Trás da Crise de Credibilidade

Brasileiros Desconfiam do Judiciário: Entenda as Razões por Trás da Crise de Credibilidade

Falta de transparência, lentidão nos processos e sensação de impunidade alimentam a desconfiança no sistema judiciário brasileiro

A confiança dos brasileiros no Judiciário está em queda livre. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apenas 29% da população afirma confiar no sistema de Justiça  um índice alarmante para uma das instituições mais importantes da democracia.

Essa percepção negativa não é nova, mas tem se aprofundado com a sucessão de decisões controversas, privilégios mantidos por magistrados e uma Justiça vista como inacessível e ineficaz.

A ideia de que a Justiça no Brasil beneficia os mais ricos e poderosos se tornou um sentimento comum nas ruas e nas redes. Casos envolvendo grandes empresários, políticos ou celebridades muitas vezes acabam sem punição efetiva, enquanto o cidadão comum enfrenta anos de espera por respostas.

“A Justiça é muito lenta para quem precisa e muito rápida para quem tem influência”, comenta a advogada Mariana Lopes, especialista em Direito Constitucional.

Além da lentidão e da seletividade, o Judiciário também é criticado por ser inacessível. A linguagem técnica, os trâmites burocráticos e a falta de orientação ao cidadão comum tornam o sistema difícil de entender e de utilizar.

Dado relevante: Apenas 18% da população declara entender bem o funcionamento da Justiça, segundo pesquisa do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Juízes e desembargadores figuram entre os servidores mais bem pagos do Brasil, com salários que podem ultrapassar o teto constitucional devido a auxílios, bônus e gratificações. Essa realidade contrasta com a dos servidores de outras áreas e contribui para a imagem de um Judiciário privilegiado e distante da realidade do país.

Para reverter esse quadro, especialistas defendem:

Mais transparência nas decisões e nas ações administrativas;

Adoção de uma linguagem mais clara e acessível;

Fortalecimento da Defensoria Pública;

Investimento em educação jurídica básica;

Fim de privilégios e revisão na estrutura de salários.

“O Judiciário precisa ser mais próximo do povo, menos elitista. Caso contrário, a crise de confiança vai se aprofundar ainda mais”, alerta o sociólogo Rafael Mendes.

A confiança na Justiça é essencial para a estabilidade democrática. Quando o povo não acredita que o sistema funciona de forma justa e imparcial, todo o pacto social entra em risco. O Judiciário brasileiro tem um grande desafio pela frente: provar, na prática, que é uma instituição de todos e não apenas de alguns.

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