CEEE Equatorial tem o pior desempenho entre as distribuidoras de energia do Brasil, aponta pesquisa da Aneel

A CEEE Equatorial registrou o pior desempenho entre todas as distribuidoras de energia elétrica de grande porte no Brasil em 2024. O dado consta no ranking divulgado nesta quarta-feira (2) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que avalia a qualidade do serviço prestado pelas concessionárias com mais de 400 mil unidades consumidoras.

A análise da Aneel tem como base o chamado Desempenho Global de Continuidade (DGC), que considera dois principais indicadores: o tempo médio que cada unidade consumidora ficou sem energia elétrica ao longo do ano e o número de vezes em que houve interrupção no fornecimento do serviço. A agência reguladora destaca que eventos climáticos extremos não são considerados na avaliação.

A CEEE Equatorial, que atende a capital Porto Alegre e diversas cidades do interior do Rio Grande do Sul, ficou na última colocação entre as 31 distribuidoras avaliadas. Em nota, a empresa afirmou que desde 2021 já investiu R$ 2,5 bilhões na modernização e ampliação da rede elétrica, e que tem adotado "uma série de medidas para reforçar e modernizar o sistema de operações, as equipes de campo e o atendimento ao cliente".

Outra empresa com atuação no Rio Grande do Sul, a RGE, aparece na 17ª posição do ranking. A concessionária — responsável por parte da Região Metropolitana e municípios do interior — perdeu seis posições em relação ao levantamento anterior. A empresa informou que investiu R$ 1,8 bilhão em 2024 e que estão previstos mais R$ 9,3 bilhões em investimentos nos próximos anos, com foco em ampliar a robustez da rede elétrica.

De acordo com a Aneel, os consumidores brasileiros ficaram, em média, 10,24 horas sem energia elétrica em 2024, enquanto a frequência das interrupções caiu de 5,15 para 4,89 vezes por unidade consumidora. A agência, no entanto, não divulgou os dados segmentados por estado.

O desempenho negativo da CEEE Equatorial ocorre em meio a uma série de críticas de consumidores e lideranças políticas no Rio Grande do Sul, que vêm denunciando falhas recorrentes no fornecimento e demora no atendimento, especialmente em períodos de maior demanda ou após temporais.

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