RS avança na matriz limpa com inauguração da primeira usina de etanol de trigo do Brasil em Santiago

RS avança na matriz limpa com inauguração da primeira usina de etanol de trigo do Brasil em Santiago

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A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) concedeu a Licença de Operação (LO) para o início das atividades da empresa gaúcha C. B. Bioenergia, em Santiago, na região Centro-Oeste do Rio Grande do Sul. O aval marca um passo estratégico para o setor energético do país: o município abrigará a primeira usina brasileira de etanol produzido a partir de trigo, ampliando a fatia de biocombustíveis na matriz limpa do estado.

O licenciamento, emitido pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), confirma que o empreendimento atende plenamente às exigências ambientais necessárias. A planta industrial ocupa uma área de 150 mil metros quadrados e deverá impulsionar o desenvolvimento local, com expectativa de geração de 28 empregos diretos.

A estrutura foi dimensionada para produzir mais de 1.300 m³ de álcool hidratado e 1.140 m³ de álcool neutro por mês, além de derivados como 810 toneladas de DDGS e 2.160 toneladas de WDGS, subprodutos de alto valor nutricional usados na formulação de rações animais.

Para a secretária da Sema, Marjorie Kauffmann, a iniciativa consolida um novo ciclo econômico sustentado pela inovação:

“A ampliação da produção de biocombustíveis no Rio Grande do Sul é fundamental para fortalecer nossa matriz energética limpa. Os energéticos e derivados não alimentícios da agricultura representam nova oportunidade para valorização da cadeia agrícola e para a descarbonização. Com responsabilidade ambiental e inovação, garantimos segurança jurídica aos empreendedores e avançamos para modelos produtivos mais eficientes e de baixa emissão”, destacou.

A licença contempla todas as etapas produtivas — desde a recepção e moagem dos grãos até os processos de fermentação, destilação e armazenamento final do etanol. As matérias-primas utilizadas incluem triticale, cevada, trigo, centeio e milho.

Segundo o presidente da Fepam, Renato Chagas, industrializar essa produção dentro do município agrega valor ao setor agrícola e contribui diretamente para a redução de emissões.

“Produzir etanol hidratado e neutro no RS fortalece nossa matriz energética limpa e amplia o setor de bioenergia no Estado”, afirmou.

Durante a visita a Santiago, representantes da Sema e da Fepam também conheceram o projeto municipal que utiliza moedas ecológicas como incentivo ambiental. Na loja Pila, a população troca resíduos orgânicos por “Pila Verde” e materiais recicláveis por “Pila Azul” — um trocadilho com a forma popular como os gaúchos se referem ao dinheiro.

As moedas podem ser usadas em feiras de produtores locais e no Horto Florestal Municipal. O programa contribui para a diminuição do volume de resíduos enviados à disposição final, estimula compostagem, reciclagem e fortalece a economia circular.

As cédulas são ilustradas com figuras ligadas ao meio ambiente. Durante a passagem das comitivas, foi apresentada a nova nota de “R$ 100 pila azul”, que terá como referência a secretária Marjorie Kauffmann — uma homenagem ao trabalho da pasta na modernização e desburocratização do licenciamento ambiental no estado.

Com alinhamento direto aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o programa representa um modelo eficiente de educação ambiental, geração de renda e valorização comunitária.



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