Violência em Porto Alegre: Suspeito de ataque que matou jovem havia saído do presídio dias antes

Violência em Porto Alegre: Suspeito de ataque que matou jovem havia saído do presídio dias antes

O suspeito do ataque a tiros que resultou na morte de Julha Fagundes Cabreira, 20 anos, na tarde de 28 de março de 2025, em Porto Alegre, havia deixado o presídio menos de uma semana antes do crime. A informação foi confirmada pela Polícia Civil. O homem, de 31 anos, foi preso em flagrante horas depois do homicídio, na Vila Ecológica, bairro Cristal.

O crime

Segundo as investigações, o atirador chegou de bicicleta à Rua Santa Terezinha, na Vila Planetário, e disparou pelo menos 12 vezes com uma pistola calibre 9mm. O alvo seria um homem ligado ao tráfico de drogas na região, que teria assassinado um familiar do suspeito em 2022. No entanto, Julha, que trabalhava como recicladora e não possuía antecedentes criminais, acabou sendo atingida no tórax e morreu no Hospital de Pronto Socorro (HPS).

A polícia segue apurando as circunstâncias do crime, mas já confirmou que Julha não tinha qualquer envolvimento com o tráfico ou com o suspeito do ataque. Testemunhas relataram que a jovem estava a caminho de casa quando foi atingida pelos disparos.

Perfil do suspeito

O autor dos disparos possui uma extensa ficha criminal, com passagens por roubo (seis vezes), receptação e envolvimento com o crime organizado. De acordo com o delegado André Luiz Freitas, o homem obteve progressão de regime em 24 de março, deixando o sistema prisional apenas três dias antes do homicídio. A arma utilizada no crime ainda não foi encontrada.

"É um caso de vingança dentro de uma disputa entre grupos criminosos. Infelizmente, uma inocente pagou com a própria vida", afirmou Freitas.

Histórico familiar

Essa não é a primeira tragédia na família de Julha. Em 2022, seu irmão, Rodrigo Fagundes Cabreira, então com 16 anos, também foi morto por engano em um ataque a tiros na mesma região.

A morte de Julha gerou comoção entre moradores da Vila Planetário, que pedem mais segurança na área. "Ela era trabalhadora, estava sempre tentando melhorar de vida. Isso é muito triste", lamentou uma vizinha.

O suspeito do crime está preso e à disposição da Justiça. A investigação segue em andamento.

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